Fronzen Wings Stories
Um lugar para quem teve suas asas queimadas pelo gelo da realidade
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Janela da Alma
terça-feira, 4 de setembro de 2012
O mundo morreu... 10 anos atrás os traficantes criaram uma droga poderosa e com um poder destruidor no organismo de quem o consome, mas isso não impediu os viciados de experimentarem. No começo ficavam violentos. A polícia teve trabalho para conter quem havia injetado a droga, mas com o passar do tempo e do uso essa droga afetou o estado da pessoa, e chegou a ponto sem volta. Alguns cientistas depois de experimentos obtive uma certeza terrível, a droga quando injetada na veia danificava uma parte do cérebro responsável pelo nosso bom senso. Ou seja, trazia a pessoa de volta ao estado natural, não passava de um animal violento em busca de comida, e qualquer coisa era vista como comida, inclusive outras pessoas...
Mais algumas semanas se passaram e muitas cidades já estavam tomadas, nos noticiários só havia sangue e desgraça, e em pouco tempo já não havia mais nada, as emissoras saíram do ar e então vi a destruição de minha cidade através da sacada do meu apartamento, a fumaça escurecia o dia, o fogo iluminava a noite e por 24 horas se escutavam gritos até que tudo se silenciou...
Continua...
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
The birth of a bloodthirsty reaper - O nascimento de uma ceifadora sanguinária
quinta-feira, 24 de maio de 2012
A verdade...
Tais palavras poderão soar tolas para muitos, mas poucos irão entender o que quero dizer. Somos cercados de pessoas que nos dizem o que devemos fazer, como devemos agir, quem devemos ser... O mundo está cheio de pessoas dando palpites, querendo controlar os outros.. talvez para que não cometamos um erro que eles mesmo cometeram no passado, porém só se aprende errando não é?
Qual o problema em ser diferente? Qual o problema em querer viver daquilo que gosta? Me sinto presa a correntes que eu mesma coloquei e por correntes ainda mais pesadas vindas de terceiros. Assim como uma palavra pode motivar também pode desmotivar, então é necessário tomar cuidado com o que falamos. Ninguém é dono da verdade...
Hoje luto em uma batalha interna para me libertar, ser quem eu sou, a verdadeira pessoa que vive escondida, e sei que o dia que conseguir serei realmente feliz, pois neste dia vou estar me lixando para o que a sociedade podre pensa a meu respeito. A liberdade e a felicidade não é algo que o dinheiro de um "bom" emprego possa conquistar.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Aqui estou...
Aqui estou...em um canto qualquer, em uma rua qualquer... sozinha......
Meus pais foram os melhores, sempre me deram carinho, amor... mas em algum momento, o dinheiro e a aparência passaram a ser mais importantes e fui jogada para segundo plano. Nem segundo, diria que era o último, se não fosse o fato de sempre estarem de olho no que fazia, não por preocupação comigo, mas sim para não sujar o nome da família.
Escolheram onde estudaria durante o ginásio, era pequena e aceitei embora não gostasse do lugar.
Quando fui para o colegial também escolheram, porém dessa vez não aceitei calada. Pela primeira vez gritei com meu pai e respondi para minha mãe, também foi a primeira vez que meu pai me bateu... Acredito até que tenha gostado só pelo brilho que tinha em seus olhos ao me dar o tapa. E graças a isso fui o centro das atenções na cerimônia de abertura, estava com um curativo no rosto, tentei esconder com o cabelo, porém não adiantou muito. O ano mal tinha começado e já havia fofocas a meu respeito...
Embora tenha tentado fazer amizades, não tive sucesso, as pessoas da minha sala mantinham distancia, me sentia uma total estranha. Meu único refugiu era o telhado do colégio, as grades eram baixas e sempre batia uma brisa refrescante, passei a ir lá todos os dias no intervalo e após as aulas, pensava, dormia até cheguei a cantar...
Certo dia o professor me escolheu para fazer um trabalho em sala com o namorado de uma das garotas, ela não gostou nem um pouco, mesmo sem ter trocado um palavra com ele e nem com ela fui alvo de palavras repletas de veneno e hostilidade. Expliquei que apenas queria fazer o trabalho e nada mais, mas isso só deixou a garota com mais raiva, raiva que foi descontada na aula de educação física, me derrubaram, esbarravam com força... Agora não bastasse meus pais em casa teria que aguenta-las... No vestuário encontrei meu uniforme todo sujo e apenas ouvi os risos das outras, não iria aguentar... Vesti o uniforme como se não estivesse imundo e sai correndo para o único lugar onde poderia ficar em paz.
Passei o resto do dia lá, sentada encostada na parede olhando o céu... Mesmo quando começou a chover continuei ali, sentindo a água escorrendo pelo meu rosto. Foi quando ele abriu a porta, aquele que viria a ser o meu melhor amigo... Ele fazia parte do conselho estudantil, era o responsável em corrigir os problemas criados pelos alunos e punir os mesmos. Disse que precisava sair, pois era proibido para os alunos permanecerem no telhado e caso contrário teria de me levar até a diretoria. Naquele momento sorri pensando no escândalo que meu pai faria por ser chamado ao colégio por má conduta de sua filha.
Devo ter assustado ele, pois logo em seguida desabei... comecei a chorar... e chorar muito...
Depois daquele dia ele ia me ver quase sempre na sala, íamos até o telhado e ficávamos conversando por horas após a aula, ria e divertia muito ao lado dele. Sempre me escutava quando queria desabafar, e sempre ficava do meu lado quando não aguentava mais a situação em casa... Teve uma ocasião em que por causa da limpeza das salas e por ter ficado conversando com ele cheguei mais tarde do que o costume em casa e fui recebida a gritos, perguntaram onde estava, o que estava fazendo, com quem estava. Expliquei que estava no grupo de limpeza e depois fiquei conversando com um amigo, meu pai ficou furioso. Gritou que não me mandou para o melhor colégio para ficar namorando, até me acusou de ter feito algo mais e que não poderia mais ver esse tal garoto. Ele estava tirando o meu único amigo, e não iria aceitar, gritei mais alto que ele. O resultado foi um pequeno trauma na cabeça e um braço quebrado, quando os médicos perguntaram minha mãe falou que tinha caído no caminho de volta e que bati a cabeça na guia da rua...
O médico acreditou na história, afinal éramos uma família com um nome importante, quando voltei para casa não sai de meu quarto, fiquei lá trancada por um bom tempo... até que tive a grande ideia de fugir, iria até a casa de meu amigo, sabia que ele iria me ajudar.
Sai no meio da noite quando meus pais já estavam dormindo, apenas coloquei umas roupas em uma mochila e um pouco de dinheiro que havia juntado. E agora estou aqui com uma ferida aberta por onde flui o calor deixando meu corpo cada vez mais frio, já não sei quanto sangue havia perdido, mas finalmente estaria livre daquele pesadelo... Estava com a vista turva, o frio tomava o lugar da dor, logo chegaria a minha hora. Só havia uma coisa naquele momento que queria fazer... Liguei para ele, torci para meu corpo aguentar só mais um pouco, o suficiente para dizer uma palavra, quando ele atendeu um sorriso leve se formou em meu rosto e apenas uma palavra saiu... com a voz baixa e fraca apenas disse...
"Obrigada..."